Brasil pode ter problemas se não melhorar agenda ambiental, diz Setubal


Para o presidente da Itaúsa, falta de uma atuação mais firme prejudica não só a imagem do país, mas também os negócios O Brasil poderá enfrentar problemas em setores importantes para a economia, como o agronegócio, se não melhorar na agenda ambiental. A afirmação foi feita hoje pelo presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal, a jornalistas.
"O governo atual tem feito uma atuação menos rigorosa que a de outros países, mas a sociedade civil tem reagido", afirmou. De acordo com Setubal, "este governo não tem, nem teve durante a campanha eleitoral, a parte ambiental como prioritária", mas as pessoas vêm cobrando isso.
"Acho que a sociedade gostaria que a agenda ambiental fosse tão importante quanto a de crescimento e o combate à corrupção", acrescentou. As declarações vêm um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro ter minimizado os problemas ambientais do país em discurso na ONU.
O presidente da Itaúsa disse que "toda a sociedade" está vendo questões como o aquecimento global e procurado se posicionar. Ele ponderou que o Brasil ainda tem uma área preservada muito grande, mas disse que há pontos a ser melhorados.
Setubal não fez uma crítica geral ao governo. Mencionou positivamente a atuação do vice-presidente Hamilton Mourão e da ministra do Meio Ambiente, Teresa Crisitina, e lembrou que o Congresso Nacional também tem sua dose de responsabilidade na questão ambiental.
No entanto, para ele, a falta de uma atuação mais firme prejudica "não só a imagem do país, mas também os negócios". Como exemplo, lembrou que a União Europeia ameaça não assinar o acordo com o Mercosul por causa do "desleixo" na questão do ambiente, e disse que isso pode afetar o agronegócio, responsável por 25% do PIB. "Não podemos deixar isso de lado e não colocar na equação", afirmou.
Governança
Setubal também elogiou o programa de trainees só para negros lançado pelo Magazine Luiza, e que gerou polêmica por isso. “Companhias que só buscam o lucro, sem olhar para essas questões [socioambientais], terão dificuldade de se sustentar ao longo do tempo”, disse, em entrevista a jornalistas.
De acordo com ele, as empresas investidas pela Itaúsa seguem há décadas princípios ambientais e de governança e vêm procurando incentivar a diversidade em seus quadros, mas é preciso fazer mais.
“Temos que admitir que nosso programa de inclusão e diversidade ainda é pequeno. A gente tem trabalhado bastante nisso nos últimos anos”, disse.
Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa, diz que a questão ambiental precisa ser encarada com a mesma importância que o crescimento
Ana Paula Paiva/Valor

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