Maia diz que será muito difícil que auxílio emergencial não seja prorrogado


"Eu tenho medo de redução do custo do auxílio emergencial, o que isso impacta na reação das pessoas", afirmou o presidente da Câmara O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira ver dificuldades para a redução do valor do auxílio emergencial aos trabalhadores informais durante a pandemia de covid-19. O governo sinalizou positivamente em relação à prorrogação do benefício, mas indicou que o repasse deveria ser menor do que os R$ 600 mensais da primeira etapa do programa. O parlamentar do DEM destacou novamente os elevados gastos com o serviço público e voltou a cobrar o governo federal sobre o envio de uma reforma administrativa.

Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados
“Acho que o auxílio emergencial vai ser muito difícil que ele não seja prorrogado, a gente sabe o custo. Eu tenho medo de redução do custo do auxílio emergencial, o que isso impacta na reação das pessoas. Não é uma decisão simples. Prorrogar eu acho que é um consenso. O que vai se debater é o valor e acho que a redução do valor pode gerar, da mesma forma que o não auxílio, consequências na base da sociedade. Mas esse é um debate que a gente precisa fazer”, disse Maia, durante seminário com economistas sobre o retorno da atividade econômica após o período de isolamento social em função da pandemia.
Participaram do evento os economistas Arminio Fraga, Ana Paula Vescovi, Edmar Bacha e Ilan Goldfajn.
Maia sugeriu ainda como alternativa a reorganização de programas para “construir uma renda que possa complementar uma renda emergencial, e que a gente consiga sinalizar para o futuro de uma forma a manter o nosso equilíbrio fiscal”.
Após comentar embate dentro do governo entre investimentos privados e públicos, o presidente da Câmara afirmou que a proposta de emenda constitucional (PEC) do Orçamento da Guerra “nos trouxe tranquilidade de que qualquer gasto permanente dependerá de fonte para gastos”.
Em sua rápida participação, Maia voltou a defender que o problema do país não é o tamanho do gasto, mas a qualidade dele, citando que grande parte das despesas é concentrada no pagamento de salários de servidores públicos. O parlamentar do DEM reforçou o tom de cobrança para que o governo encaminhe a reforma administrativa.

“O grande debate não é discutir teto de gastos primeiro, é fazer a reforma administrativa. Qual? Certamente, ela vai ser mais dura do que a que o governo tinha preparado para dezembro do ano passado. Se a dívida é maior, a necessidade de economia é maior. Qual é a reforma que o governo vai encaminhar e quando? Porque a questão administrativa tem um ingrediente que cada Poder tem que encaminhar a sua. A da Câmara está bem avançada, mas eu quero fazer em conjunto com o governo pelo menos. E vamos esperar que o Judiciário faça a mesma coisa”, disse Maia.

O deputado falou ainda que, quando o Senado sinalizou que começaria debate sobre recursos acima do teto, alertou sobre a importância de se fazer as reformas antes.

“Se não for assim, a gente vai aumentando e o pessoal deixa as reformas para o futuro. É sempre para o futuro”, afirmou Maia. “Precisamos avançar em reformas e em marcos regulatórios. Esperamos ter na pauta do segundo semestre a autonomia do BC e a reforma tributária. Esperamos logo após esse período mais crítico que o governo encaminhe a reforma administrativa para que em conjunto com a reforma do Congresso, a gente possa dar os próximos passos para a recuperação”.

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