JOGO TRIBUTÁRIO

JOGOS DE EMPRESAS: ANÁLISE DE VARIÁVEIS TRIBUTÁRIAS NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO

 

O jogo representa uma base conceitual que reflita a aplicação prático-hipotética (decisões empresarias simuladas) para a aplicação das normas tributárias e dos conteúdos ensinados nas disciplinas de negócios (contabilidade e tributação) dos cursos de graduação, pós-graduação e treinamentos profissionais.

tax game é um jogo de empresas que visa auxiliar o ensino e pesquisa do processo tributário brasileiro, nos cursos de graduação, pós-graduação e treinamentos corporativos. A estrutura conceitual do jogo baseia-se nos conteúdos que são ensinados nas disciplinas de tributação, nos cursos de negócios, sendo que cada conteúdo compõe uma rodada do jogo. O modelo físico do jogo foi desenvolvido a partir de planilhas e macros no sistema Excel (Microsoft), vinculado à Plataforma do Sistema de EAD Moodle.

O jogo tributário proposta oferece aos participantes uma visão sistêmica da organização e possibilite a simulação dos impactos econômicos, contábeis e financeiros relacionados às decisões escolhidas. As decisões tomadas (escolhas econômicas), corretas ou não, o jogo fornecerá um feedback e, ainda, sugerirá estudos adicionais para entender melhor o assunto, quando o mesmo não souber fazer a melhor escolha.

proposta pedagógica do jogo utiliza a contabilidade como meio para o ensino aplicado dos tributos, tornando-o um método claro e de fácil compreensão, tanto pelo facilitador quanto pelos participantes, o jogo representará uma ferramenta complementar às questões e aos conteúdos estudados durante execução da disciplina.

 

OBJETIVOS

  • Ambiente facilitador no ensino-aprendizado de contabilidade tributária, por meio da criação e disponibilização de uma plataforma conceitual compreendendo os cenários, definições conceituais, números de participantes, interatividade, impactos das possíveis escolhas, etc.;
  • Avaliação do ensino-aprendizado, por meio de pesquisa, em que se avalia se as ferramentas de simulação são mais eficientes do que as tradicionais técnicas no ensino de contabilidade e tributação;
  • Ferramentas de simulação que possibilite avaliar as implicações das variáveis de cada evento econômico envolvido nas escolhas realizadas e os respectivos impactos sobre os resultados e patrimônio das organizações; e
  • Ferramenta interativa para desenvolver pesquisas experimentais, no que tange, a análise dos comportamentos econômicos do contribuinte, bem avaliação dos fatores determinantes a sonegação de tributos.

 

JOGOS DE SIMULAÇÃO DE EMPRESAS

As vantagens da técnica dos jogos de simulação de empresas são:

  • Identificar e trabalhar aspectos comportamentais como liderança e trabalho em equipe (BERNARD, 2006);
  • Possibilitar a compreensão da formação de equipes e do comportamento interpessoal;
  • Utilizar o fator competição para motivar os participantes;
  • Proporcionar uma ferramenta para o desenvolvimento de papeis, diferentes das funções desempenhadas no dia-a-dia;
  • Possibilitar a prática reflexiva e a construção colaborativa de conhecimento através das interações sociais (FREITAS; SANTOS, 2005);
  • Promover grande satisfação dos participantes;
  • Propiciar um grande estimulo lúdico gerado pelo processo interativo da competição que favorece a discussão qualitativa;
  • Criar uma postura ativa dos participantes e maior disponibilidade e atenção dos alunos (LOPES, 2001);
  • Estimular habilidades de trabalho em equipe e treinar lideranças (PROTIL, 2005);
  • Gerar grande interesse entre os alunos pelos conteúdos ensinados (ROSAS; SAUAIA, 2006); e
  • Possuir um alto grau de satisfação e aprendizagem pelos participantes (SAUAIA, 2006).

 

LÓGICO DO JOGO

A natureza das variáveis, que serão manipuladas na execução do jogo, é derivada de três tipos eventos:

  1. EVENTOS ECONÔMICOS – compreendem as transações realizadas pelos agentes econômicos, num mercado ativo de trocas (origem e aplicação de recursos);
  2. EVENTOS CONTÁBEIS – representam a sistematização monetária dos fluxos, por meio do processo contábil (reconhecimento, mensuração e evidenciação), que oferece os parâmetros para a apuração dos tributos, em cada troca de recursos; e
  3. EVENTOS TRIBUTÁRIOS – representam as circunstâncias que permitem que os agentes públicos (esferas governamentais) exerçam seu direito (hipótese de incidência / fato gerador / crédito tributário) de se apropriar de parte do valor monetário de cada transação realizada (troca) ou do resultado auferido. O efeito tributário depende dos eventos econômicos e contábeis.

A lógica do jogo é bastante simples, sendo que, em cada rodada, o jogador é colocado diante de situações em que precisa tomar decisão (fazer escolhas). Contudo, é sugerida, ao jogador, sempre, em períodos anteriores (dia ou semana), a leitura de determinado referencial teórico, que tem como finalidade instrumentalizá-lo conceitualmente para executar o jogo.

Os eventos são classificados em três tipos:

  • Eventos mestres – são rodadas que, dependendo das decisões tomadas, podem limitar as decisões futuras e o resultado final do jogador;
  • Eventos pontuação – são rodadas que têm como objetivo distribuir um número máximo de pontos entre os jogadores que aplicaram os melhores conceitos;
  • Eventos base – nessas rodadas, todos os jogadores têm a possibilidade de pontuar, se fizerem as escolhas certas. Esses eventos não são utilizados como competição, mas como forma de sedimentar os conceitos.

 

AMBIENTE FÍSICO

Dentre os benefícios do jogo destacam-se:

  • Criação de um ambiente virtual, que coloca em prática o conhecimento teórico sobre o ambiente tributário e simula os impactos sobre o mercado e as consequências de um mau planejamento tributário;
  • A possibilidade de proporcionar, ao aluno, a aquisição de conhecimento na área de maneira prática e dinâmica;
  • Esclarecimento de eventuais dúvidas, que possam aparecer durante o jogo, aumentando o aproveitamento dos alunos;
  • Análise experimental de como as decisões pontuais podem impactar situações futuras (médio e longo prazo); e
  • Aumento do rendimento acadêmico e aproveitamento dos alunos.

Figura 1: Proposição física do jogo proposto

jogo_tributario.jpg

A arquitetura do ambiental do jogo considera proposições mercadológicas, estrutura operacional, financeiras, contábeis e tributárias. As variáveis manipuladas serão extraídas do sistema tributário brasileiro, legislações e normas de contabilidade. A base conceitual do jogo deve refletir a aplicação prático-hipotética (decisões simuladas) dos conteúdos ensinados nas disciplinas de negócios (contabilidade e tributação) dos cursos de graduação, pós-graduação e treinamentos profissionais.

O jogo considera as seguintes variáveis:

  • TEMPO - compreende o espaço temporal, em que ocorrem as interações dos jogadores com o jogo, com outros jogadores e com possíveis materiais de pesquisa, para um melhor aproveitamento do jogo.
  • JOGADORES – representam os participantes potenciais (alvos do experimento);
  • GRUPO VERSUS INDIVIDUAL - compreendem as escolhas referente ao número de participantes que participarão do jogo (jogador participa sozinho e/ou em um grupo). 
  • AMBIENTE SIMULADO – representa o cenário mais próximo da realidade do ambiente processual e cotidiano das empresas (áreas e planos que estão divididos entre operacional, tática e estratégica).
  • RODADA TESTE – refere-se a uma rodada realizada antes do jogo começar, para que os participantes se familiarizarem com a lógica do jogo e tirem possíveis dúvidas entre si.
  • GANHAR VERSUS APRENDER – uma das preocupações nos jogos de simulações está no comportamento de alguns jogadores, que perdem o foco do objetivo principal, que é a aprendizagem, e buscam por outros meios para obter a vitória no jogo. Porém, a rivalidade e a competição podem aumentar a busca por conhecimento, a fim de que se obtenha a vitória no jogo.
  • DEBRIEFING – é um feedback para os participantes sobre suas decisões após cada rodada, aumenta o aprendizado e o interesse dos envolvidos no jogo.
  • RODADA – é todo período definido entre a apresentação do caso proposto pelo facilitador até as considerações finais sobre o caso, além disso, envolve as avaliações e feedback das decisões tomadas pelos participantes. A rodada pode ser dividida em três fases distintas: pré-rodada, rodada e pós-rodada.

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